Nos dias de hoje é comum conhecermos alguém com deficiência de Vitamina D. Estranho é que isso aconteça em um país tropical.
A rotina diária tem impedido que as pessoas tomem sol. Não estamos dizendo daquele banho de sol que é feito em uma praia ou piscina mas sim de expor pelo menos algumas áreas do corpo à luz solar. Isso é o que acontece quando caminhamos ao sol ou quando levamos as crianças para brincarem ao ar livre em um dia ensolarado.
Mas o que a Vitamina D tem a ver com o sol? Tudo! A vitamina D, ou calciferol, é produzida pelo nosso corpo quando há a exposição solar. Não vale usar protetor e portanto a exposição precisa ser antes das 10 da manhã ou depois das 16 horas. Também não vale aquele banho de sol feito atrás da vidraça. Quanto mais áreas do corpo expostas, maior será a síntese da vitamina.
A obtenção da vitamina D é feita por ingestão ou por exposição ao sol. A vitamina D é fundamental na mineralização dos ossos e no sistema imune. Conhecidamente a vitamina previne o raquitismo e é essencial no tratamento da osteoporose. Estudos recentes mostram que a falta do nutriente pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, câncer e doenças autoimunes.
Um exemplo é a esclerose múltipla. Nos países nos quais a luz solar é menos incidente, a prevalência da doença é maior.
Alérgicos e asmáticos também não podem descuidar da vitamina já que existem indícios de que a carência do nutriente esteja realizada a esses problemas.
A suplementação oral de vitamina D pode ser necessária quando há risco ou deficiência mas é fundamental que seja acompanhada por profissional porque o excesso é perigoso. Assim, a melhor opção é apostar nas fontes alimentares da vitamina e conseguir 15 minutos diários para o banho de sol.
O planejamento do cardápio feito por nutricionista inclui fontes da vitamina e alimentos fortificados com o nutriente. Dentre as fontes estão os peixes como atum, sardinha e salmão, os derivados do leite e o ovo.
Especial atenção deve ser dada aos cardápios vegetarianos. Um nutricionista especializado em dietas vegetarianas deve ser consultado para que a pessoa seja orientada sobre alimentos fortificados com o nutriente e, se for o caso de suplementar, qual deve ser a dosagem e o tipo de vitamina a ser usado.
Também vale a pena avaliar com o profissional sobre o uso da vitamina D em lactentes. O leite humano contém a vitamina em quantidade pequena e algumas épocas do ano não possibilitam o banho de sol no bebê.
Recentemente foi proposto um novo Guideline. A recente publicação da Endocrine Society orienta que seja feita a medicação da 25 hidroxivitamina D (25OHD) sérica circulante para avaliar a necessidade de suplementação.
Elaboração: Nutricionista Mariana Braga Neves – coordenadora da Rede Nutrício de Atendimento