Como vedetes de um palco iluminado, as frutas oleaginosas enchem as mesas de charme durante as tradicionais ceias de fim de ano. Mas não é só na temporada de celebrações que as nozes, amêndoas e avelãs dão o ar da graça. Nas cozinhas dos restaurantes mais sofisticados, elas dão um show de sabor no cardápio diário, seja estrelando pratos doces ou salgados.
De grande valor nutricional, as oleaginosas ainda enriquecem a decoração de pratos e mesas. Com sutileza, conquistam os paladares através das sobremesas, entradas ou pratos principais. “Todas elas são de grande versatilidade na gastronomia. Podem estar presentes tanto em doces, na confeitaria, massas, recheios, quanto em salgados, nos molhos e temperos” ressalta o chef Mário Augusto Baeta, responsável pela criação e desenvolvimento de produtos do Buffet Célia Soutto Mayor, empresa localizada em Belo Horizonte, MG.
Introduzidas na gastronomia nacional a partir do preparo de doces com as brasileiras castanha-do-pará, castanha de caju e amendoim, as importadas inspiraram a criação de saborosos pratos salgados. “Com as nozes americanas, a amêndoa chilena e a castanha portuguesa começamos a elaborar nossos pratos salgados, inspirados nas receitas da Europa e do Mediterrâneo. Hoje também temos as incrementação de pratos com as frutas brasileiras. Além disso, a cozinha oriental se apropria muito das oleaginosas nacionais, como o amendoim”, ressalta Baeta.
A sutileza do sabor reforça a presença das frutas oleaginosas na gastronomia. “Em função do valor nutricional e do sabor suave, que não interfere no prato principal, usamos sem parcimônia”, afirma o chef. “Gostamos muito das nozes pela sofisticação do paladar. As amêndoas chilenas também têm lugar especial. São agregadas a carnes e molhos, dando um sabor diferenciado ao prato.”
E não é preciso ser chef de cozinha para levar o sabor e a sofisticação das oleaginosas para a mesa. Entretanto, é necessário conhecer algumas propriedades, segundo Baeta, para não estragar o produto. “A temperatura, por exemplo, deve ser controlada. O excesso de calor pode queimar a fruta, atrapalhar o aroma ou provocar perdas nutricionais”, explica.
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