Se engana quem pensa que a obesidade é um problema só de adultos. A obesidade infantil e na adolescência, é um problema que cresce em nosso país e que exige atenção dos pais, escola e profissionais de saúde principalmente devido às consequências que pode trazer.
Uma criança obesa tem mais risco de desenvolver colesterol elevado, problemas ortopédicos, diabetes e hipertensão, transtornos que acontecem cada vez mais cedo na nossa população. “Considero que a obesidade infantil tem uma outra consequência ainda pior: faz com que a criança seja alvo de apelidos e brincadeiras desagradáveis, colaborando para o isolamento na escola, no grupo de vizinhos”, comenta a nutricionista Mariana Braga Neves, coordenadora da equipe de educação nutricional infantil da Nutrício.
Como sabemos, contribuem para a obesidade a genética, a ansiedade, os problemas hormonais e principalmente os maus hábitos alimentares e o sedentarismo. “O bom exemplo alimentar precisa ser dado pelos pais, irmãos, primos, pessoas mais velhas e que servem de modelo para a criança”, comenta a nutricionista.
No caso da criança, o ambiente familiar tenso, a ansiedade com mudanças de escola, a briga constante dos pais podem contribuir para a compulsão alimentar, fazendo com que a criança coma demais. Além disto, é preciso que os pais incentivem a atividade física dos filhos, desde pequenos. “Fazer um esporte é importante não somente para elevar o gasto de energia mais também para o controle da ansiedade.
Fundamental também é que os pais procurem brincar com os filhos, estimular formas de lazer na qual a criança se movimente, brincadeiras em praças, clubes, ainda que sejam no final de semana”, comenta Mariana.
Uma avaliação com o endocrinologista é indicada para verificar se a questão hormonal está bem. A educação nutricional, base do trabalho de promoção dos bons hábitos alimentares deve começar desde cedo, ainda quando os filhos são bebês. De acordo com a nutricionista, o erro começa nos primeiros vezes de vida. “Algumas mães têm problemas que as impedem de amamentar. Para estas, é preciso uma orientação sobre que fórmula infantil usar, quando e como oferecê-las. Porém, muitas mulheres não têm paciência para amamentar, ou seja, falta persistência. Com isto, acabam iniciando a alimentação complementar antes da hora e com alimentos errados, contribuindo para a obesidade das crianças”.
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