7) EXERCÍCIO E DIABETES
Além dos benefícios do exercício perante as comormidades do diabetes,também há muitos estudos (32,33) referente as mudanças no perfil da glicose sanguínea, isto se deve a dois fatores, primeiro pelo aumento na sensibilidade a insulina da célula muscular, devido a mecanismos como o aumento no número de transportadores GLUT-4 celulares e pela diminuição na resistência a insulina por aumento na captação de glicose sanguínea e diminuição de sua síntese hepática.

A indicação para realizar exercício, representa um dos aspectos mais importantes nas recomendações terapêuticas para iniciar um programa de condicionamento físico para diabéticos.Sugere-se de uma maneira geral uma evolução completa a fim de diagnosticar e identificar complicações micro e macrovasculares, para que no momento da atividade física não piore o estado de saúde do paciente (9). Conveniente valorizar também a composição corporal (porcentagem de gordura e músculo) o estado nutricional e a capacidade física com o intuito de obter um parâmetro inicial para implementar um programa de atividade física. Uma exploração psicológica pode ser útil para determinar alguns aspectos da personalidade e reforçar positivamente aqueles que poderiam provocar um abandono do exercício.Dessa forma poderá se planejar um trabalho com características individuais.

Na prescrição de exercício nos pacientes diabéticos o tipo, a frequência e tempo de duração.O tipo de exercício recomendado para estes pacientes é o aeróbico, onde se envolvem grandes grupos musculares como caminhada, bicicleta, natação, aeróbicos de baixo impacto. Sugere-se evitar exercício de tensão muscular constante, os considerados isométricos, principalmente com grandes pesos porque eleva a tensão arterial a níveis potencialmente perigosos, além de elevarem também a pressão intratoráxca situação delicada principalmente quando apresenta problemas cardíacos (28).

Referente a intensidade ideal do exercício do se considera o consumo máximo de oxigênio (VO2 MAX), da frequência cardíaca máxima alcançada.Como a resposta cardiorespiratória exige pelo menos três minutos para alcançar o estado relativo, o paciente poderá medir a frequência cardíaca depois de realizar o exercício por este tempo(31).

Devido os pacientes ser geralmente sedentário, se deve começar com uma etapa de introdução ao exercício, através de cargas de trabalho leves, aproximadamente 50 a 60% do seu VO2 MAX. Em populações de diabéticos tem se observado maiores benefícios quando se realiza o exercício entre 50 a 70% do VO2MAX (3).

Em geral a terceira e quinta semana é lento, assim é mais evidente a combinação física e fisiológica a partir da sexta semana de exercício físico.Inicialmente se deverá aumentar a duração do exercício e depois a intensidade do esforço físico.

A respeito da frequência do exercício, deverá ser de três a cinco vezes por semana, se sugere que a atividade seja feita em dias alternados levando em consideração os processos de destreinamento.

Quanto à duração inicial do exercício aeróbico, pode-se realizar 10 minutos cada dia, quando chegar até 20 minutos, aumentar 5 minutos cada quatro semanas até chegar de 30 a 60 minutos contínuo de exercício aeróbico. Quando se trabalha por 30 minutos ou mais se promove o funcionamento cardiovascular, a lipólise do tecido adiposo e a capacidade do músculo esquelético oxidar as gorduras a fim de obter energia(4,5).

Como exposto anteriormente recomenda-se que os pacientes realizem as atividades de maneira ordenada e seguindo uma metodologia específica e com uma prescrição personalizada.

Com o intuito de evitar alguns potenciais efeitos adversos como mencionados anteriormente, são essenciais algumas considerações especiais, além de seguir as indicações médicas, é recomendado realizar no início de cada sessão um período de pelo menos 10 minutos de aquecimento, com movimentos de flexibilidade e alongamento de todas as partes do corpo para aumentar gradativamente a temperatura corporal, facilitando a atividade enzimática dos sistemas envolvidos no exercício, que acentua o aumento da distribuição de nutrientes e oxigênio, acelera o metabolismo e atividade cardíaca.No final de cada sessão também se sugere um período de esfriamento pelo mesmo tempo, para diminuir gradualmente as condições físicas(10).

É preferível esperar de um a duas horas depois das refeições para fazer o exercício.Os pacientes com terapia insulínica não se deve fazer quando as concentrações estão mais altas, e de preferência aplicada a tecido subcutânea superior a dos músculos que se pretenda exercitar.É recomendado que realize o exercício aqueles pacientes que tenham um bom controle metabólico.Para pacientes que apresentam hipoglicemia é recomendado que tenha sempre carboidratos de fácil digestão para administração(10,11).

Em geral os diabéticos devem evitar exercício em condições extremas de calor e frio. Para que a temperatura corporal se dissipe pela evaporação corporal do suor, os pacientes devem usar roupas claras de preferência de algodão, num ambiente úmido e quente limita esta função. Deve-se beber água antes durante e depois do exercício para prevenir desidratação(4,5).

8) CONCLUSÃO
Recentes estudos têm mostrado que um programa de treinamento para diabéticos tem uma melhor otimização se for praticado com um VO2 de 50 a 70% numa duração de 30 à 60 minutos, e com uma frequência de no mínimo 3 vezes por semana, pois o exercício regular está baseado na duração e sessões semanais bem definidas, sendo assim produzirá uma melhora nas comorbidades da diabetes mellitus tipo 2.

Primeira parte do artigo sobre Os Benefícios do Exercício para Pacientes Diabéticos »