5) OBESIDADE E EXERCÍCIO
A obesidade tem sido considerada um importante risco de mortalidade precoce entre diabéticos. Há, porém, diferentes gradações de risco, dependendo da região de deposição da gordura. Os maiores riscos estão associados à sua deposição abdominal, principalmente quando se consideram os riscos metabólicos e cardiovasculares. Além disso, os estudos demonstram que é a gordura intra-abdominal ou visceral o componente mais deletério por suas características metabólicas. De fato, estes adipócitos são maiores, mais lipolíticos e mais próximos do sistema venoso portal. Assim, oferecem ao fígado um suprimento de ácidos graxos livres que estariam envolvidos na gênese da resistência à insulina, do diabetes tipo 2 e num perfil lipídico típico da denominada síndrome metabólica(19).
A obesidade epidêmica atualmente mostra nenhum sinal de diminuição. Há uma urgente necessidade de ir contra hábitos da sociedade, a população está cada vez mais obesa.Dados de estudos estimam-se que ingerindo 100 calorias a menos por dia, em combinação com o aumento de atividade física poderia diminuir o ganho de peso na maioria da população. Isto pode ser alcançado em pequenas mudanças de comportamento, tal como 15 minutos por dia de caminhada e diminuindo as mordidas a cada refeição. Tendo estas medidas de comportamento na prevenção de ganho de peso pode ser chave para segurar a obesidade epidêmica (22).
Para o sucesso do tratamento de obesidade geralmente requer muitas intervenções. A escolha da terapia deve-se levar em conta o grau de obesidade do paciente e as condições de comorbidade. Uma variedade de intervenções pode ser alcançada em um curto espaço de tempo, mas é importante ressaltar que é comum o ganho de peso quando a terapia é parada. Assim, programas para manutenção de peso é criticado para sucesso da terapia(30).
Uns dos problemas da obesidade é a formação de oxidante nos vasos sanguíneos contribui para doenças vasculares e disfunção associada com obesidade. Em contraste, o exercício depende da produção de oxidantes que pode estimular adaptações responsáveis que pode proteger contra o desenvolvimento dessa doença(23).
6) EXERCÍCIO E QUALIDADE DE VIDA
A prática adequada de atividade física regular é recomendada aos diabéticos pelas mesmas razões às quais o é à população em geral, ou seja, devido seus benefícios aos sistemas cardiovascular, metabólico e neuro-endócrino, contribuindo assim para a melhora na qualidade de vida do indivíduo portador da doença, este efeito relaciona-se não apenas as melhoras somáticas e fisiológicas, mas também as psicológicas, a partir do momento que a pessoa se sente mais ativa dentro da sociedade(9).
O benefício do treinamento físico é aumentar a capacidade aeróbica máxima no diabético de modo semelhante à do indivíduo normal. Este aumento na capacidade aeróbica máxima pode ser explicado pela melhoria da capacidade cardiociculatória a da capacidade oxidativa do músculo esquelético(9).
A grande variedade de respostas ao exercício elimina a possibilidade de se adotar uma conduta única no desenvolvimento de um programa de condicionamento físico para indivíduos diabéticos, necessitando desta forma, avaliar os comportamentos metabólicos, respiratórios e cardiovasculares de cada indivíduo, e a partir desta conduta adotar-se uma prescrição individualizada de atividade física.(11 )
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