Quanto a distribuição de macronutrientes a dieta deve ser hipolipídica, sendo a quantidade de lipídeos recomendada de aproximadamente 25% com relação ao valor calórico total da dieta e valores normais para proteína e carboidratos. Estes últimos devem ser preferencialmente advindos de alimentos mais integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas e outros, pela maior quantidade de fibras solúveis presente.
As fibras solúveis, realizam uma importante função no manejo da esteatose hepática, pois se complexam com a glicose e com lipídeos presentes no bolo alimentar e dificulta a absorção destes, causando assim uma diminuição de seus níveis séricos.
Os leites e derivados devem ser sempre desnatados e com o menor teor de gordura possível, sendo os mais recomendados: ricota, cotagge. É importante evitar o consumo de doces e alimentos açucarados, pois o excesso de glicose acarreta aumento dos níveis de triglicerídeos no sangue, condição da gênese da esteatose hepática.
Outro aspecto que também pode ser avaliado é a preferência por frutas e alimentos de menor índice glicêmico, sendo que os que apresentam um maior nível promovem um pico de hiperglicemia, fator este desencadeante para a formação de triglicerídeos.
Os ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados, apresentam efeito cardio-protetor e podem influenciar no perfil lipídico sérico, mas precisam ser prescritos com cuidado pois estão presentes em alimentos bastante calóricos e fontes de lipídeos, como castanhas, nozes, azeite e outros. Mas temos peixes como salmão, atum e sardinha e cereais como linhaça, quinua que representam fontes destas boas gorduras. A prescrição de ômega-3 através de composto industrializado parece ser uma boa alternativa e apresentar-se como ótimo coadjuvante nesta terapia nutricional.
Contudo, de acordo com vários estudos, a dieta corresponde à melhor alternativa na grande maioria dos casos de esteatose hepática, tanto para o controle e/ou amenização dos sintomas quanto para a melhoria da qualidade de vida do paciente que apresenta essa disfunção hepática e deve ser sempre adequada às particularidades do mesmo.
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Texto: Cristhiane Foureaux – Nutricionista em Belo Horizonte, MG
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