André Luiz de Paula, graduando em Educação Física pela Fundação Helena Antipoff, auxiliar-técnico da Guana Trainer Assessoria Esportiva.
Marcelo Mayer, bacharel e Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduando em Administração e Marketing Esportivo pela Universidade Gama Filho, diretor técnico da Guana Trainer Assessoria Esportiva.
Nas últimas décadas, o homem se torna cada vez mais tecnológico e sedentário, em decorrência dos hábitos da vida moderna, diferindo-se de nossos ancestrais, que percorriam cerca de 20 a 40 km diários executando suas atividades, tais como a pesca, a caça e a coleta. Nos dia atuais estima-se que caminhamos aproximadamente 02 km em atividades rotineiras urbanas por dia, segundo Weineck (2003).
Devido à redução das distâncias percorridas, o gasto energético também diminuiu, simultaneamente ocorreu uma maior oferta de alimentos altamente calóricos. Estes fatos são considerados os principais responsáveis pelo crescimento de doenças hipocinéticas. Segundo Allsen et al. (2001) citado por Chancon-Mikahil e Salgado (2006), hipocinesia é um conceito novo para designar doenças relacionadas à inatividade ou a falta de atividade física regular, que se manifesta especialmente associada a patologias como cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica, altos índices de gordura corporal e problemas articulares e lombálgicos.
Com apenas algumas semanas de corrida, desde que executada de forma correta e bem orientada, seu corpo começa a sofrer algumas alterações – são as adaptações à atividade física denominadas condicionamento. Os estímulos do exercício disparam uma série de reações químicas e fisiológicas que promovem transformações centrais – como as do sistema neural e cardiovascular – e periféricas – como as do sistema músculo-esquelético -, permitindo ao indivíduo lidar melhor com a nova condição imposta pela atividade. Em média, dentre oito a quatorze semanas, as capacidades de força, resistência, equilíbrio e flexibilidade são aumentadas de maneira considerável (Schmidtbleicher e col., 2008). Para entender melhor a importância das adaptações que a corrida proporciona, citaremos algumas delas a seguir:
Sistema cardiovascular: A corrida estimula o aumento da cavidade do coração e o volume do plasma sanguíneo, além de aumentar a capilarização, intensificando a nutrição e a oxigenação durante a atividade, permitindo ao coração bombear mais sangue com menos intensidade.
Sistema ósseo: O impacto estimula a absorção de cálcio pelas células ósseas, aumentando sua densidade e resistência
Sistema endócrino: Aos primeiros estímulos do exercício aeróbico, os hormônios se atiçam. O corpo fica mais sensível à ação da insulina, e passa a precisar de uma quantidade menor para controlar a glicose no sangue. A diminuição dessa resistência à insulina ajuda na prevenção do controle de diabetes.
Pele e cabelo: O aumento da circulação sanguínea promovida pela atividade, eleva a nutrição e oxigenação das células e tecidos. A circulação periférica na derme deixa a pele mais rosada e viçosa. Os lipídeos são base para a secreção das glândulas sebáceas na pele, responsável por cravos e espinhas, diminuindo a taxa de gordura no sangue, a corrida ajuda a suavizar o problema. Outro aspecto importante é a desobstrução dos poros, estimulada pelo suor, o mesmo reduz inflamações e elimina toxinas da pele. No couro cabeludo a melhor irrigação os torna mais fortes e brilhantes.
Relacionamento interpessoal: O momento descontraído da atividade permite a aproximação e a troca de experiências, desinibindo as pessoas mais tímidas, pois todos os praticantes têm um ponto em comum.
Alívio do estresse e da ansiedade: Após 30 (trinta) minutos de atividade física, o cérebro é estimulado a liberar neurotransmissores que aliviam a dor e tensões, promovem relaxamento, bem-estar e euforias em virtude das endorfinas.
Adoção de hábitos positivos: A ação das endorfinas promove elevação da autoconfiança e autoestima, condição ideal para abandonar o hábito de fumar, controlar e reeducar a alimentação e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
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Referências bibliográficas:
- CHACON-MIKAHIL, Mara Patrícia T.; SALGADO, José Vitor V. Corrida de rua.Análise do crescimento do número de provas e de praticantes, p. 90-98. 2006.
- GERHARD. Rodrigo. Você corre para quê? Runner’s World Brasil, edição 9, p. 76-82, Julho. 2009.
- WEINECK, Jurgen. Atividade Física e Esporte Para Que? São Paulo: Manole, 2003
- SCHMIDTBLEICHER, D; LIU, Y; HEINICHEN, M; WIRTH, K; and J M Steinacker Response of growth and myogenic factors in human skeletal muscle to strength training. Br. J. Sports Med., Dec 2008; 42: 989 – 993.