O autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), caracterizado pela dificuldade de comunicação e socialização, comportamentos restritos, repetitivos e em alguns casos, agressivos.
Sabe-se que o sexo masculino é mais afetado, no entanto, não há informações concretas que correlacionem etnia, origem geográfica ou nível socioeconômico com o autismo.
As causas do autismo, bem como a sua cura, ainda são desconhecidas e as manifestações podem apresentar-se antes dos 3 anos de idade, que variam de indivíduo para indivíduo. Alguns sintomas mais comuns (com intensidade e gravidade diferentes em cada caso) são: falta de interesse ou dificuldade de se comunicar e desenvolver amizade com outras pessoas, contato visual ausente ou pouco presente, movimentos repetitivos (estereotipias), inabilidade de envolvimento afetivo, crises de agressividade ou auto-agressividade.
Para se chegar a um diagnóstico é preciso realizar diversos exames, além de uma avaliação completa da criança, que deve ser feita por uma equipe multiprofissional especializada. Após a avaliação deve-se indicar o tratamento mais adequado para cada pessoa, com acompanhamento da evolução. A intervenção é feita logo que surgem os primeiros sinais de risco para o desenvolvimento infantil.
O trato gastrointestinal dos portadores de autismo
Além dos comportamentos característicos, há uma série de desordens gastrointestinais devido à dieta de baixa qualidade, incluindo seletividade e rejeição ao alimento por parte do autista, além do possível comprometimento na fragmentação de peptídeos derivados do glúten (presente no trigo, cevada e malte) e da caseína (proteína do leite de vaca). Os principais sintomas associados são: dor abdominal, constipação intestinal, diarreia, inchaço, irritabilidade gástrica, inflamação intestinal e alteração na permeabilidade intestinal. Algumas crianças podem sofrer de múltiplos problemas gastrointestinais, inclusive episódios concomitantes de diarreia e constipação intestinal.
A Nutrição desempenha um papel importante nestas condições. Dietas com restrição de glúten e caseína; redução no consumo de alimentos industrializados, que são ricos em aditivos alimentares e pobres em nutrientes; restrição de açúcares refinados e suplementação nutricional beneficiam não só a saúde intestinal dos portadores de autismo como também seus comportamentos característicos.
A Nutrício possui programas nutricionais específicos para o controle do autismo. Trabalhamos também com o planejamento de refeições e criação de cardápios familiares (serviço de Personal Health disponível para todo o Brasil). Encontre o nutricionista mais próximo de você pesquisando em nossa Rede Credenciada de Nutricionistas.
Por: Erika Kurosawa – nutricionista em Caraguatatuba, SP
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