Alimentação viva

Alimentação viva é o assunto da vez. O que muita gente não sabe é que a culinária viva vai além do suco de clorofila que foi divulgado na mídia. Nessa dieta, não é permitido o consumo de alimentos de origem animal como ovos, laticínios e carnes. Ficam de fora da programação alimentar também, produtos enlatados ou processados e com adição de açúcar.

A alimentação viva baseia-se no consumo de tudo que é natural e que vem da terra. Além das frutas e hortaliças, as refeições contam com algas marinhas, sementes germinadas, raízes, óleo de coco e sementes de cacau. “Os produtos devem ser frescos e crus fazendo com que os nutrientes dos alimentos permaneçam intactos pronto para serem consumidos e o organismo receba as vitaminas e minerais necessários”, completa a nutricionista vegetariana Mariana Braga Neves, da Nutrício.

Todo o cuidado deve ser tomado na escolha dos alimentos porque, embora muito saudável, a alimentação viva não quer dizer uma dieta light. “Devemos ainda ter cautela ao sugerir este tipo de proposta alimentar às crianças e aos idosos”, alerta a nutricionista.

Os alimentos que passam por um processo de cocção, dependendo do calor progressivo (acima de 38 graus), perdem algumas vitaminas, minerais, enzimas (encontradas em todos os alimentos crus do reino vegetal e animal, e são elas que ajudam na digestão dos alimentos), fibras e pequenas proteínas, tornando-os menos nutritivos. Os defensores da alimentação viva aceitam a ideia de que o consumo do alimento cozido exige mais das enzimas do nosso organismo fazendo com que sua digestão fique mais lenta.

Vários alimentos privilegiados na alimentação viva são verdadeiras riquezas de nutrientes. Segundo a nutricionista Mariana, as sementes são excelentes fontes de vitaminas e minerais. As oleaginosas são fontes de proteínas e ácidos graxos essenciais. São também boas fontes de cálcio. Já as verduras e frutas frescas e orgânicas, além de contribuírem com as vitaminas e minerais, complementam a dieta com carboidratos e fibras.

O acompanhamento nutricional é fundamental para quem pretende aderir à alimentação viva. É preciso uma avaliação criteriosa com um nutricionista para a elaboração de um plano alimentar personalizado, capaz de prevenir carências nutricionais. “Devemos ter cuidado com o consumo de alimentos crus. É preciso todo um processo de higiene para que o saudável não se torne uma ameaça a nossa saúde”, completa Mariana.

Como toda mudança, a transição para a alimentação viva precisa ser gradual. “Nada de mudanças radicais de uma hora para outra. Comece aos poucos, incorporando novas condutas alimentares à rotina diária. Incluir o suco verde na sua alimentação já é um grande passo. Aos poucos, introduza sementes, diminua as carnes, adote o alimento cru nas refeições principais”, sugere Mariana.

Nutrício possui programas nutricionais específicos para os vegetarianos. Trabalhamos também com o planejamento de refeições e criação de cardápios familiares (serviço de Personal Health disponível para todo o Brasil). Encontre o nutricionista mais próximo de você pesquisando em nossa Rede Credenciada de Nutricionistas.

Elaboração: Paula Silva Amora – Nutricionista