A fácil digestão, o baixo preço e as qualidades nutricionais fizeram com que os ovos fossem empregados habitualmente na alimentação de pessoas de todas as idades. Mas há décadas, consumir ovo não era apenas uma conduta desaconselhável, era mortal. Durante anos as pessoas foram aterrorizadas quando o assunto era o consumo de ovos, e agora pesquisas revelam que ele não é o que parece ser. É isso mesmo! Um dos maiores vilões da saúde do coração foi finalmente absolvido da injusta acusação de aumentar o colesterol!
O consumo de ovos foi criticado com o argumento de que o colesterol presente na gema pode ser prejudicial à saúde, estimulando a atereosclerose. É importante ressaltar que o colesterol, no entanto, têm uma importância fundamental para o organismo, como integrante das células, na síntese de hormônios esteroides e sexuais, na síntese de secreção biliar, além de ser precursor da produção de vitamina D.
Sabe-se também que apenas 1/3 do colesterol circulante é proveniente da alimentação e que pessoas geneticamente predispostas à aterosclerose apresentam síntese aumentada de colesterol. Porém quando aumentamos a ingestão de colesterol na alimentação, o organismo diminui a síntese, regulando as quantidades no sangue. Além da predisposição genética, outros fatores aumentam o risco da como: o consumo de gorduras saturadas (as gorduras dos ovos são insaturadas) da hipertensão arterial, do fumo, do stress emocional do uso de anabolizantes esteróides e anti-concepcionais.
Bom, mas no que tange a boa nova, o assunto é outro. Uma das demonstrações mais recentes é um artigo publicado nos Estados Unidos. Os resultados de uma pesquisa envolvendo 9.734 pessoas de 25 a 74 anos acompanhadas durante duas décadas demonstraram não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Não houve diferença entre aqueles que comiam um ovo ou mais por dia em comparação com quem não comia nenhum. Em apenas um grupo específico, o dos diabéticos, foram encontrados dados que mostram que o consumo maior de ovos pode estar ligado ao aumento da ameaça de doenças cardíacas, mas isso nem sequer está totalmente claro.
E mais! Por proeza essa ninguém esperava. Um outro trabalho, garante que ele pode dar uma ajuda na redução do peso. Um dos estudos mais recentes, feito pelo Departamento de Obesidade da Pennington Biomedical Research Center da Universidade do Estado de Louisiana, revela que ingerir o alimento pela manhã faz toda a diferença no emagrecimento. Os estudiosos analisaram 152 pacientes, homens e mulheres, entre 25 e 60 anos. Parte do grupo consumiu toda a manhã dois ovos e outra parte adotou bagel – pão tradicional americano. Ao final de oito semanas, a perda de peso entre a turma do ovo foi 65% maior na comparação com os demais voluntários. O índice de redução de cintura também foi 34% maior entre eles, assim como a redução de gordura – 16% maior. Isso se deve ao fato de que as pessoas que ingeriram o ovo logo cedo se sentiram mais satisfeitas e acabaram consumindo menos calorias ao longo do dia.
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