Seu bebê está crescendo e é chegada a hora de começar a introdução de outros alimentos. A alimentação infantil nessa fase é muito importante para a formação dos hábitos alimentares saudáveis, pois é nesse momento que a criança passa a conhecer a infinidade de sabores que a acompanharão pelo resto de sua vida.
Alimentação infantil complementar, como o próprio nome diz, é para complementar o leite materno, e não para substituí-lo. Deve ser iniciada, preferencialmente, a partir do 6º mês, porque nesta idade a criança já está pronta para receber novos alimentos. Quando este processo acontece da forma adequada, auxilia na prevenção de doenças como desnutrição, anemia, obesidade, pressão alta e diabetes, dentre outras.
Pode-se dizer que a qualidade da alimentação que é oferecida para a criança vai repercutir durante toda sua vida, inclusive no seu rendimento escolar. A falta ou excesso de alguns nutrientes podem gerar agravos à saúde e problemas na idade adulta.
Desde o início da alimentação complementar, é importante que a criança receba água nos intervalos das refeições e que tenha acesso a sabores diversos. Ela já pode receber quase todos os vegetais, carnes variadas, incluindo peixes, folhosos, temperos naturais (salsinha, cebolinha, manjericão, etc) e frutas. A partir de um ano de idade, a alimentação oferecida deve ser semelhante à da família, evitando frituras e temperos fortes. Há crianças que se adaptam facilmente a essa nova etapa e aceitam bem os novos alimentos. Outras precisam de mais tempo, o que não deve ser motivo de ansiedade e angústia para os pais. É normal que a criança rejeite as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo é novo: a colher, as formas dos alimentos e os sabores.
É nesta fase que muitas vezes surgem dúvidas, inseguranças e dificuldades para colocar em prática todas as informações que os pais recebem sobre alimentação infantil balanceada e saudável. A correria do dia a dia, a falta de uma pessoa habilitada para preparar uma refeição adequada, além da pouca oferta de alimentos de qualidade são fatores que dificultam ainda mais esta tarefa.
Na prática, como a família pode incentivar as crianças a manterem bons hábitos alimentares?
É importante ter atenção na hora de fazer as compras do supermercado: deve-se evitar a compra de guloseimas e outras tentações (refrigerantes, chocolates) pois, com esses alimentos à vista das crianças é muito mais difícil manter uma alimentação saudável.
Outro ponto primordial é a rotina alimentar: o dia deve possuir três refeições principais (desjejum, almoço e jantar) e dois ou três lanches entre elas. Essa rotina evita que a criança chegue no horário de uma refeição sem fome ou com excesso de fome, condições que não são ideais. Normalmente, os intervalos podem variar de duas a três horas e é muito importante não substituir refeições por lanches.
Algumas dicas podem ajudar bastante:
- respeitar os horários das refeições: as refeições em família reforçam os bons hábitos alimentares. É mais fácil comer alimentos saudáveis num ambiente agradável e estimulador. Portanto, procure fazer pelo menos uma refeição com toda a família reunida;
- evitar “beliscar” entre as refeições: o consumo de bolachinhas recheadas, chocolates e guloseimas facilita o consumo excessivo de alimentos;
- calma e tranquilidade à mesa: quanto mais rápido comermos, mais difícil será perceber a hora certa de parar de ingerir alimentos;
- “Na hora de comer, comer!”: outras atividades como assistir à televisão, estudar ou usar o computador comendo podem fazer com que as pessoas comam em excesso, perdendo a noção da quantidade de alimentos que ingerem;
- estimular a atividade física: qualquer atividade física como brincar, correr, nadar pode auxiliar o desenvolvimento, além de serem práticas importantes para o desenvolvimento psicomotor da criança;
- evitar no dia a dia frituras, excesso de açúcares e alimentos industrializados (que possuem muito sódio, gorduras e açúcares);
- alimentar-se de 3 em 3 horas;
- consumir água durante o dia todo.