Para o diagnóstico da alergia ao leite de vaca não mediada pela Imunoglobulina E (IgE), a história clínica é fundamental.
As reações adversas aos alimentos caracterizam-se por qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares. A alergia alimentar é um termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos dependentes de mecanismos imunológicos, IgE-mediados ou não. (OLIVEIRA, 2013)
No primeiro ano de vida, a suspeita de manifestações não IgE mediadas leves a moderadas ocorrem, geralmente, 2 a 72 horas após o consumo de fórmula infantil e/ou leite materno, com desenvolvimento de um ou mais dos seguintes sintomas: gastrintestinais (cólica, refluxo, recusa alimentar ou aversão, fezes amolecidas ou aumento da frequência de evacuações, hiperemia perianal, constipação, desconforto abdominal, sangue e/ou muco em crianças saudáveis), cutâneos (prurido, eritema, eczema atópico significante), respiratórios (sintomas obstrutivos de vias aéreas, geralmente associados a outras manifestações).
Segundo Oliveira (2013) a base do tratamento da alergia alimentar é essencialmente nutricional e está apoiada sob dois grandes pilares:
- a exclusão dos alérgenos alimentares responsáveis (mães devem realizar dieta de exclusão para continuar amamentando);
- a utilização de fórmulas ou dietas hipoalergênicas, em lactentes.
Não existe um período ideal para a avaliação do desenvolvimento de tolerância, mas geralmente considera-se que a dieta de exclusão deva ser mantida até os 9 a 12 meses e por, pelo menos, 6 meses antes da reintrodução do leite de vaca. Nas formas não IgE mediadas, propõe-se uma reintrodução do leite de vaca de forma gradativa. Na maioria das situações, há aquisição de tolerância às proteínas do leite de vaca até o terceiro ano de vida.
Referências: Oliveira, Vanísia Cordeiro Dias. Alergia à proteína do leite de vaca e intolerância à lactose: abordagem nutricional e percepções dos profissionais da área de saúde. Programa de Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2013.
Por: Camila Perez (graduanda em nutrição)
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